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Archive for the ‘Rio Antigo’ Category

Rua México em 1922

Quem gosta de ver fotografias do Rio Antigo, sentindo saudades de um tempo que não viveu, deve conhecer a página do Facebook “O Rio de Janeiro que não vivi“. São dezenas de imagens raras, devidamente identificadas, como esta, de Luciano Ferrez, feita em 15/04/1922.

Mostra a Rua México, no Centro do Rio. No lado direito, a parte de trás do Museu Nacional de Belas Artes (na época, Escola Nacional de Belas Artes) e da Biblioteca Nacional. No lado esquerdo, o que ainda restava do Morro do Castelo. Onde está o poste, em primeiro plano do lado esquerdo, será construído o prédio onde está o INSS atualmente.

Rua-México-1922

Foto: Luciano Ferrez – Arquivo: Família Ferrez.
Acervo: Arquivo Nacional.

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Ipanema em 1928 – Foto rara

Augusto Malta fotografou o Rio de Janeiro por quase todos os ângulos, no início do século passado. Suas fotos tornaram-se conhecidas graças a internet. A maioria das imagens que encontramos diariamente são bastante divulgadas, mas algumas vezes encontramos uma figurinha difícil, aquela foto rara que ainda não apareceu em sites e blogs. Esta é uma delas. Mostra a Av. Vieira Souto, em Ipanema, no ano de 1928.

vieirasouto1

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Leblon, a eterna aldeia encantada

Quando penso em escrever algo sobre o Leblon, não deixo de consultar o livro do meu amigo Rogério Barbosa Lima, O Antigo Leblon – Uma Aldeia Encantada. É lá que encontro inspiração e muita informação sobre o bairro que me fascina e onde passei os melhores anos da minha vida. Aos seis meses fui morar na José Linhares, que na época se chamava Acaraí, mudando em seguida para o Grajaú. Mais tarde, na década de 60, retornei ao bairro.

Tainha

Costumava frequentar o início do Leblon, próximo ao Jardim de Alah. Era ali que passava horas pescando tainhas no canal do Jardim de Alah, jogando volei na praia, nas tardes de sábado, na rede dos alemães e, quando bem pequeno, andava de charretes de bodinhos em uma tranquila Av. Borges de Medeiros ou passeava de barco a remo nas águas limpas do canal.

Naquela época, idos de 1950, não poderia imaginar que alguns anos mais tarde ali seria construído o Conjunto dos Jornalistas, onde meu pai compraria um dos seus apartamentos. Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Troquei a zona norte, o bairro do Grajaú, pela zona sul, no despontar da Bossa Nova. Chegava ao lugar certo na hora certa. Deixei o Colégio Marista São José e fui estudar no Mallet Soares, em Copacabana, na mesma turma onde Carlos Lira havia estado um pouco antes de mim.

Vamos trocar a conversa por algumas imagens, encontradas nos arquivos do meu computador. Sempre que acho uma foto que me agrada, salvo-a para usar mais tarde. Chegou o momento.

Leblon, altura do Jardim de Alah, início do século passado.

Leblon, altura do Jardim de Alah, início do século passado.

Na esquina da Ataulfo de Paiva ficava um pequeno atracadouro onde se embarcava no barquinho para uma volta até a lagoa. No mesmo lugar havia um senhor, com um grande cilindro de gás, vendendo bolas de borracha.

Na esquina da Ataulfo de Paiva ficava um pequeno atracadouro onde se embarcava no barquinho para uma volta até a lagoa. No mesmo lugar havia um senhor, com um grande cilindro de gás, vendendo balões de borracha.

Assim era o Leblon naquela época. Quem não o conheceu poderá entender a razão de ser chamada pelo Rogério de Aldeia Encantada.

No Jardim de Alah há uma enorme pedra, que um dia já foi uma ilha, e pode ser vista em fotos antigas. Ela está situada entre o Conjunto dos Jornalistas e a Cruzada São Sebastião. Hoje ninguém pode vê-la, pois o Shopping Leblon foi construído sobre ela. Onde está a Cruzada São Sebastião havia apenas égua. A lagoa chegava até ali, como atesta esta imagem do Augusto Malta:

Lagoa Rodrigo de Freitas, encostada ao lado norte da Pedreira do Baiano, onde hoje está a Cruzada São Sebastião. Sobre a grande pedra foi construído o Shopping Leblon. Em 1921, quando Augusto Malta fez e foto, o local era conhecido como “Pedra da Bahiana“.  Felizmente Augusto Malta estava presente em todos os lugares do Rio antigo e seus registros eram todos identificados, com sua letra inconfundível, tombada para a esquerda.

Lagoa Rodrigo de Freitas, encostada ao lado norte da Pedreira do Baiano, onde hoje está a Cruzada São Sebastião. Sobre a grande pedra foi construído o Shopping Leblon. Em 1921, quando Augusto Malta fez e foto, o local era conhecido como “Pedra da Bahiana“. Felizmente Augusto Malta estava presente em todos os lugares do Rio antigo e seus registros eram todos identificados, com sua letra inconfundível, tombada para a esquerda.

Para encerrar a sequência, o Leblon em 1910, antes de qualquer urbanização. Somente os índios Tamoios se aventuravam por essas areias:

Leblon-1910

O Leblon na década de 60, quando se podia ver o Conjunto dos Jornalistas de qualquer ponto da praia. Seus três prédios constavam de cartas náuticas e orientavam os navios que chegavam ao porto do Rio de Janeiro:

Leblon anos 60

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Houve uma época em que a ligação da lagoa Rodrigo de Freitas com o mar era feita naturalmente, sem canais artificiais, comportas, e outros artifícios. A natureza sabia desempenhar o seu papel. O Leblon era um enorme areal, cheio de pitangueiras e biquinhos de lacre.

Em 1919 foi aberta a Av. Delfim Moreira, ainda com o nome de Av. Meridional. Foi construída uma ponte sobre o canal de ligação da lagoa com o mar. Augusto Malta, presente em todos os acontecimentos da nossa cidade, registrou as imagens de uma época que deve ter sido maravilhosa.

A ponte sobre o canal do Jardim de Alah, ainda sem o prolongamento até o mar.

A ponte sobre o canal do Jardim de Alah, ainda sem o prolongamento até o mar.

Foto feita do local onde seria construída a comporta. Vemos o Leblon e a Pedreira do Baiano, onde está o Shopping Leblon e os prédios dos Jornalistas.

Foto feita do local onde futuramente seria construída a comporta. Vemos o Leblon e a Pedreira do Baiano, onde estão atualmente o Shopping Leblon e os prédios dos Jornalistas.

Canal do Jardim de Alah, ainda em a comporta e a mureta de contenção até o mar.

Canal do Jardim de Alah, ainda sem a comporta e a mureta de contenção até o mar.

Canal do Jardim de Alah, ainda como a natureza o fez, mostrando os lados de Ipanema.

Canal do Jardim de Alah como a natureza o fez, mostrando os lados de Ipanema.

Obrigado, Augusto Malta, por registrar o momento da nossa história.

Canal hoje

Foto recente da ponte sobre o canal

Foto recente da ponte sobre o canal

Para fechar a série, uma imagem feita quase no mesmo lugar em que Malta tirou a foto que abre a matéria. Quase 100 anos nos separam:

Jardim de  Alah

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Barra da Tijuca, ontem e hoje

Encontrei duas imagens da Barra da Tijuca que mostram como o bairro cresceu nos últimos 50 anos. A praia deserta, frequentada apenas nos finais de semana por casais de namorados, transformou-se em um bairro de trânsito caótico, sem rede de esgotos, e cheio de problemas. As transformações ainda não acabaram. As fronteiras se expandem para o lado do autódromo, chegando a Jacarepaguá.

Saudades da Barra dos anos 50 e 60, quando o acesso era feito pela Av. Niemeyer e Estrada do Joá, sem tuneis e elevados, mas quando se podia namorar no Cavaco e comer ostras nas barraquinhas à beira do canal de águas límpidas.

Se algum leitor souber quem são os autores das fotografias, gostaria de dar os devidos créditos e agradecer pelo registro de momentos únicos, que são eternos.

Barra, anos 50 e 60:

Barra anos 60

Barra hoje:

Barra da Tijuca

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Mais uma foto do eterno Augusto Malta, que viveu até os 93 anos (14 de maio de 1864 – 30 de junho de 1957). O que seria da memória do Rio de Janeiro se Augusto Malta não tivesse existido? O mais surpreendente é saber que Malta só começou a fotografar aos 36 anos de idade. Quando esteve no Leblon, fazendo esta foto, tinha 46 anos.

Leblon-1910

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Este é um registro histórico da construção dos “Jornalistas”, conjunto de três edifícios, erguidos na Av. Ataulfo de Paiva, 50, no Leblon. Por muito tempo foram os maiores prédios de toda Ipanema e Leblon. Seus quinze andares constavam de cartas náuticas para orientar os navios que chegavam ao Porto do Rio de Janeiro. De qualquer ponto das praias de Ipanema ou Leblon era possível avistá-los.

Jornalistas

Agosto de 1954 – Construção dos “Jornalistas”

Essa foto foi feita em agosto de 1954, bem perto o dia em que Getúlio Vargas se suicidou. Nesta época eu morava no Grajaú. Os prédios ainda estavam em construção. Em 1960 eu iria morar no último deles, aquele que ainda está pela metade. Estava com 14 anos, a Bossa Nova despontava. Estudava no Mallet Soares, em Copacabana. Ainda havia bonde circulando por Ipanema e Leblon. Podia-se andar de bicicleta tranquilamente pelo meio da rua.

No local da construção havia, até então, um grande terreno onde eram instalados parques e circos. O terreno ao lado, atual nº 80, na esquina da Av. Afrânio de Mello Franco, também era usado com essa finalidade. Os parques e circos ficavam algum tempo e depois seguiam para outros endereços, com mais movimento. Nos fundos, próximo à Pedreira do Baiano, ficavam os cavalos e bodes que faziam a alegria da criançada nos finais de semana, nas charretes que ficavam às margens do canal do Jardim de Alah. Do outro lado da rua o Hotel Ipanema, do grande pescador Jesus e seu inseparável cachimbo, testemunhava a transformação do bairro, que mais tarde também o atingiria.

Jornalistas em construção

jornalistas3

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